quarta-feira, 9 de julho de 2008

CVP em acção: Incêndio na Maia

Maia: Grande incêndio devora fábrica e deixa prejuízos avultados

Um incêndio que deflagrou ontem à tarde na zona industrial da Maia, nas traseiras do hipermercado Jumbo, destruiu por completo um armazém de químicos e alastrou ainda a duas outras fábricas.

As várias explosões, provocaram o pânico e levaram à evacuação de dezenas de pessoas quando as chamas cercaram as fábricas.

O fogo começou pelas 15hoo e foi declarado extintoàs 16h40. "Ouvi as explosões, saí da oficina e o cenário era dramático com as chamas muito altas a cercarem os armazéns", disse ao CM, Diamantino Maia, dono de um complexo próximo. "Chegámos a temer o pior quando vimos as chamas todas à nossa volta", afirmou José Oliveira, dono de uma fábrica de óleos reciclados, que sofreu prejuízos avultados.

O fogo fez dois feridos com queimaduras ligeiras. Um bombeiro teve de ser transportado ao hospital e um funcionário foi tratado na unidade montada pelo INEM.

Jerónimo Maia, proprietário de outro armazém contíguo, referiu ao CM que "foram os bombeiros que evitaram um desastre maior, porque se o fogo chegasse às 40 toneladas de óleo numa das fábricas ao lado o pior podia ter acontecido".

O comandante de Leça do Balio, Rogério Seabra, sublinha que a rápida intervenção dos bombeiros impediu uma tragédia. Segundo soube o CM, os químicos estariam mal acondicionados na fábrica ardida. "Quando chegámos, a situação era muito grave, disse o comandante sem explicações para o fogo.

SEM SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Vários proprietários de armazéns localizados na área atingida pelas chamas lançaram fortes críticas à falta de segurança na zona.Diamantino Maia, dono de uma oficina de automóveis, explicou ao CM que as diversas saídas de emergência que se encontram atrás dos edifícios estão bloqueadas, uma vez que, explicou, "estão cheias de silvas e impedem o acesso dos equipamentos dos bombeiros, por serem demasiado estreitas". Apesar das queixas, o comandante dos Bombeiros de Leça do Balio assegurou que os armazéns cumprem integralmente todos os requisitos de segurança.

MAIS DE CEM BOMBEIROS TRAVAM CHAMAS

A violência do incêndio no armazém de produtos químicos obrigou à mobilização de um grande dispositivo para combater as chamas. No total estiveram presentes 103 bombeiros de treze corporações, apoiados por trinta veículos, para além de agentes da PSP e da GNR.


O INEM e a Cruz Vermelha Portuguesa fizeram deslocar várias equipas à zona sinistrada, onde foi montado um posto médico para socorrer eventuais vítimas.

Testemunhas afirmaram que os bombeiros demoraram cerca de meia hora a chegar à zona do incidente, mas ninguém poupa elogios ao trabalho efectuado por todas as corporações. O pânico que se instalou na fase inicial do incêndio acabou por desaparecer graças à pronta actuação dos bombeiros e forças de segurança.

PORMENORES

VEREADOR NO LOCAL

Hernâni Ribeiro, vereador da protecção civil da Câmara Municipal da Maia, chegou ao local já o fogo estava circunscrito e elogiou o trabalho desenvolvido pelas corporações de bombeiros no combate às chamas.

CASO NÃO É ÚNICO

Diamantino Maia, um dos proprietários de um armazém vizinho ao que ardeu, disse ao CM que há 10 anos um incêndio tinha destruído por completo uma fábrica de algodão na mesma zona.

FUMO CHEGOU AO PORTO

Quem andava pelas ruas do Grande Porto rapidamente se apercebia de que um incêndio alastrava na zona da Maia, tal era a quantidade de fumo.



Filipe Dinis/Pedro Sales Dias
in.: www.correiomanha.pt

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